segunda-feira, 14 de março de 2011

Padre polonês é tricampeão da 378ª Maratona dos Monges Bêbados




A tradicional maratona dos monges bêbados aconteceu nesta quinta-feira em Varsóvia, capital da Polônia. A corrida consiste em 500 metros de percurso, o que inicialmente parece pouco, mas para os competidores é uma verdadeira maratona. Tudo porque 10 horas antes da largada, os monges, padres e sacerdotes da Igreja Católica, são obrigados a passar por ritual do Vīnum Sanctus (Vinho Santo em latim) que nada mais é que um rodízio com os mais diversos vinhos das vinícolas Kyrie Eleison, de propriedade da Opus Dei.

Os competidores passam 10 horas ingerindo vinho e comendo apenas hóstias gratinadas. A corrida na verdade se chama Corrida de Chagas, mas foi apelidada pelos poloneses de “Corrida dos monges bêbados” e assim se popularizou. Pois depois da maratona alcoólica, a maioria dos corredores não consegue se manter em pé.

Dada a largada, muitos monges se mantiveram deitados na pista. Somente o favorito e atual campeão, Bzàzsicz começou a andar juntamente com o pelotão de elite formado pelo frade alemão Max Werner, o monge turco Rüştü Rüştü e o padre queniano Samuel Wadusi que abriram boa vantagem dos outros competidores que permaneceram bêbados e caídos.

Após 3 minutos de prova e 10 metros percorridos, o pelotão de elite parou para um “pitstop”, seguido de um cochilo de 1 minuto abraçados a uma árvore, o que lhe custaram as primeiras posições para os competidores ligeiramente atrás; Gregor Vitaily, Petr Trotchski e Malakev Ashenko assumiram a ponta juntos, pois corriam abraçados.

Nada parecia deter o trio bielorrusso, que caminhava forte rumo à vitória, entretanto, os bielorrussos logo perderam a ponta, pois pararam para cantar uma música que é tradicionalmente entoada em seu país natal sempre que o sol de põe. Cumpridas as tradições, os três monges seguiram na prova. Mas um tropeção lhes custou algumas escoriações, braços quebrados e afundamento de crânio no monge ortodoxo Malakev Ashenko. O trio teve que se retirar da prova.

Com o caminho livre, o queniano assumiu a ponta e foi seguido por Bzàzsicz. Com um ritmo impressionante, todos acreditavam na vitória africana, mas pouco menos de 15 metros para o fim da prova, Samuel passou mal e teve que se agachar para vomitar. O padre polonês não titubeou e ultrapassou o queniano e sagrou-se campeão com o tempo inacreditável de 16 minutos e 52 segundos.
Bzàzsicz, de 42 anos, conseguiu seu terceiro título enfrentando nada menos que 79 competidores. A vitória foi muito comemorada pelo público local que torceu muito pelo compatriota. “Eu freqüento sempre os cultos do padre Bzàzsicz. É um orgulho para toda Polônia ter um padre campeão” disse a torcedora Ewa Petroski.

Após a prova os padres foram para a Lavagem, cerimônia onde todos tomam banhos nus numa piscina natural de água aquecida. De acordo com as normas da igreja, eles não podem dar entrevistas.

Como prêmio, a igreja do padre ganhará novos sinos e decoração na sua Igreja em ouro 18 quilate