sábado, 11 de dezembro de 2010

Investidos 2,6 milhões para valorizar património !





A Direcção Regional de Cultura do Centro (DRCC), através do seu director António Pedro Pita, e a Sé Velha de Coimbra, através do bispo D. Albino Cleto e do pároco monsenhor João Evangelista, assinaram ontem, na presença do secretário de Estado Elísio Sumavielle, um acordo para a colocação da catedral histórica da cidade numa rota nacional de catedrais.
O protocolo prevê um investimento global estimado em 2,6 milhões de euros, para obras de restauro, conservação e reabilitação, que deverão ser desenvolvidas até 2014. A DRCC procurará obter financiamento comunitário, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional, cabendo à Sé Velha assegurar uma percentagem da contrapartida nacional que vier a ser exigida e à DRCC a percentagem restante.
O secretário de Estado da Cultura lembrou que o projecto Rota das Catedrais – que deve, no final, abranger as 23 catedrais antigas do país – nasceu há dois anos de um acordo de cooperação entre o Ministério da Cultura e a Conferência Episcopal Portuguesa e que pretende devolver a estes monumentos uma atenção global e corresponsabilizante de recuperação e valorização de valores patrimoniais inestimáveis.
Estas catedrais, referiu o governante, «estruturam toda a polis à sua volta», sendo elementos fundamentais também na reabilitação de centros históricos, tal como «a fé católica é estruturante na cultura portuguesa».



- aqui em Portugal so há dinheiro para umas coisas!


domingo, 5 de dezembro de 2010

« CONTA-ME COMO FOI »


Produzida pela RTP e SP Televisão, Conta-me como foi é uma dramédia histórica adaptada da série de ficção espanhola Cuéntame cómo pasó, criada a partir da ideia original de Grupo Ganga Producciones. Tal como a primeira, também a versão portuguesa tem como objectivo retratar de forma bem humorada o ambiente socioeconómico desde os finais da década de 60 do Século XX.







Ao ser contada a história da família, acompanha-se também a evolução social, económica e política de Portugal e do mundo, recorrendo a referências no guião, a arquivos e a reconstituições de conteúdos de rádio e televisão.
Acontecimentos marcantes na vida política, social e desportiva em Portugal e no mundo podem ser aqui descobertos, enquadrados com a trama de cada de episódio. Curiosidades, publicidades, programas de rádio e televisão, locutores e apresentadores e as imagens de Portugal de 1968 a 1976 marcam também presença para serem conhecidos pelos mais jovens e recordados pelos menos novos.
Problemas como o contraste entre classes sociais, o marialvismo, o racismo, a prostituição, o aborto e, até a homossexualidade, são retratados na série.
Apresentam-se na história a evolução da moda, da roupa aos cabelos, as inovações tecnológicas, novos produtos, publicações periódicas, carros e motas… as coisas de um tempo em que telemóveis com máquina fotográfica não seriam mais do que simples alucinação futurista e em que os jovens pensavam no Festival da Canção em vez de em coloridas séries juvenis.
Conta-me como foi retrata, acima de tudo, o modo de viver e pensar de uma sociedade ainda fechada sobre si, os papéis e as ambições sociais de homem e mulher, de jovens e idosos, os tabus de uma época e a gradual e desconfiada abertura a novas mentalidades.
Assim sendo, Conta-me como foi tem o objectivo de retratar, em forma de ficção, a vida e o país desde 1968, mas sem espírito saudosista, sem abordagens moralistas, sem juízos de valor, sem tomar partido por nenhum lado da história, sem aspirações documentalistas. Possui a intenção de entreter, com a vontade de mostrar e dar a conhecer o passado, com a certeza de ser uma oportunidade descontraída de recordar, rever e reviver um tempo que faz parte da história pessoal de milhões de portugueses, incluindo até, a maioria dos actores que representam a série.



Comentário: eu adorava ver esta série, retratava na perfeição como se vivia nos tempos passados, foi um grande sucesso.







Cinderela Pinheiro